Terapia Cognitiva Comportamental Para Tratar A Síndrome Do Pânico

Terapia Cognitiva Comportamental Para Tratar A Síndrome Do Pânico

O Que É A Terapia Cognitiva Comportamental?

A terapia cognitiva comportamental tem se mostrado em vários estudos um tratamento altamente eficaz para transtornos da ansiedade.

Essa terapia é particularmente eficaz no tratamento de pessoas com síndrome do pânico, com cerca de 80% a 85% das pessoas curadas, geralmente em até oito sessões de tratamento.

A terapia cognitiva comportamental tem dois componentes: identificar e mudar os padrões distorcidos de pensamento que mantém a ansiedade (terapia cognitiva), e dissolver a ansiedade através de exposição às situações assustadoras (terapia comportamental).

A ênfase relativa colocada em cada uma dessas abordagens depende da natureza do seu problema.

Por exemplo, fobias específicas, como medo de altura, são efetivamente tratadas com a terapia de exposição apenas, já a síndrome do pânico sem agorafobia é tratada com muito sucesso apenas com a terapia cognitiva.

Se você tem uma quantidade excessiva de agorafobia junto com sua síndrome do pânico, você vai precisar trabalhar os dois na tentativa de mudar seu pensamento e se expor as situações que você tem medo.

Revelado como acabar c/ seus ataques de pânico hoje mesmo com estas estratégias simples…

Abaixo estão alguns dos princípios que são usados para ajudar as pessoas a entenderem e tratar a síndrome do pânico, para que você possa usar e dominar sua síndrome do pânico.

O Que É Síndrome Do Pânico Na Realidade?

Apesar de um ataque de pânico parecer sair do nada, eles na verdade são um produto do seu próprio pensamento. Quando você quebra seus pensamentos em componentes separados, você consegue dominá-los.

A síndrome do pânico nada mais é do que sensações corporais de ansiedade e interpretações incorretamente catastróficas dessas sensações.

Sua crença de que você está em perigo resulta no aumento da ansiedade, o que depois leva a mais sensações e mais pensamentos catastróficos, criando um círculo vicioso entre as sensações corporais, pensamentos distorcidos e ansiedade, que podem rapidamente virar um ataque de pânico.

O problema real é na verdade a sua má interpretação do perigo. O que você acredita não é verdade, e quando você entende isso em um nível profundo, você vai tratar sua síndrome do pânico.

Quais São As Crenças Mais Comuns Que Causam Síndrome Do Pânico?

Pessoas que tem síndrome do pânico são coerentes com os pensamentos catastróficos específicos que elas tem. Os mais comuns desses pensamentos são:

  • Você confunde coração acelerado com ataque cardíaco.
  • Você confunde aperto no peito e garganta com asfixia e incapacidade de respirar.
  • Você confunde tontura com desmaio.
  • Você confunde inofensivas sensações de despersonalização com a crença de que está ficando louco e que vai parar no hospício.
  • Você erradamente acredita que quando você tem um ataque de pânico, você pode perder o controle e fazer alguma coisa impulsiva, como perder o controle do seu carro, parar o carro no congestionamento, abrir a porta e fugir, ou passar vergonha de alguma forma.
  • Mesmo que o que você teme nunca acontece, você erroneamente diz a si mesmo “dessa vez é diferente”.

A Boa Notícia: Nada Disso Vai Acontecer.

Batimentos cardíacos acelerados e sensações “respiratórias” são meramente sensações normais de um alerta fisiológico, mobilizando você para lutar ou fugir.

O desmaio é causado por uma queda repentina da pressão sanguínea, mas quando você fica ansioso, sua pressão aumenta, impossibilitando um desmaio.

Pessoas com transtorno da ansiedade nunca ficam loucas.

Pessoas tendo um ataque de pânico jamais perdem o controle. Na realidade, ficam mais sob controle do que precisam estar.

Dessa vez não vai ser diferente e muito menos a próxima vez.

Identificando Sentimentos E Pensamentos

O primeiro passo para se tratar da síndrome do pânico é identificar sensações corporais que você está passando e os pensamentos catastróficos que você está tendo em relação à estas sensações.

É importante separar seus pensamentos dos seus sentimentos.

Por exemplo, “parece que vou desmaiar” é na verdade uma sensação de tontura e um pensamento ou crença de que você está prestes a desmaiar.

“Parece que eu estou afogando” E uma sensação de aperto na garganta e uma crença de que você vai se afogar se não conseguir respirar.

Identifique e separe suas sensações e pensamentos, escrevendo no papel em duas colunas: uma coluna você chama de “sensação” e a outra você chama de “pensamento”.

Tenha em mente que sensações não causam ansiedade. São suas crenças em relação à estas sensações que causam ansiedade.

Descobrindo Uma Explicação Alternativa

Quando você conseguir separar e identificar claramente suas sensações e pensamentos, o próximo passo é escrever uma explicação alternativa e mais objetiva para o sentimento.

Depois de escrever a sensação e o pensamento catastrófico, adicione uma terceira coluna chamada “explicação alternativa”. Se você tem mais de uma sensação que você tem medo, faça isso para cada sensação.

(Sem Remédios... Sem Abordagens Que Não Funcionam).

Reparando Nas Evidências

Conforme você for fazendo isso, pergunte a si mesmo quais explicações são mais verdadeiras na sua experiência até agora, seus pensamentos catastróficos ou suas explicações alternativas?

Quais evidências apoiam seus pensamentos catastróficos e quais evidências não apoiam? Qual das duas aparentam ser a explicação mais razoável?

Tornando-se Mais Objetivo Em Momentos De Grande Ansiedade

Quando você se sentir ansioso demais, a tendência é acreditar nos seus pensamentos catastróficos de perigo, assim você precisa trabalhar em se tornar muito mais objetivo em relação aos seus pensamentos em momentos de grande ansiedade.

É importante nesse momento escrever suas sensações, pensamentos e explicações alternativas e olhar para as evidências da maneira mais objetiva possível.

O próprio ato de escrever as coisas durante um ataque de pânico pode por si só ajudar você a assumir uma perspectiva mais objetiva.

No começo, você vai descobrir que você é capaz de aceitar sua explicação alternativa racional quando não está ansioso, mas é muito mais difícil fazer isso quando você está altamente ansioso (sob ataque).

Isso é compreensível, mas à medida que você se esforça para se tornar mais objetivo em relação aos seus pensamentos durante momentos de alta ansiedade e pânico, você vai descobrir que o seu grau de crença nos seus pensamentos irracionais vão começar a diminuir.

Conforme seu grau de crença continua a diminuir, você chegará a proximidade da relação entre seus pensamentos e sentimentos.

O segredo para dominar sua síndrome do pânico é se dar conta completamente, enquanto está tendo um ataque de pânico, que seus pensamentos catastróficos são meramente pensamentos falsos que você não precisa aceitar.

Seus primeiros passos para superar a ansiedade e pânico estão aqui.

Quando você não acredita mais nesses pensamentos, não existe nenhuma outra razão para se sentir ansioso!

Nesse ponto, você vai entender completamente que um ataque de pânico é simplesmente um alarme falso que você pode desligar quando quiser.

Um Exemplo

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O Samuel dá um bom exemplo de como a síndrome do pânico é tratada dessa forma. Por 15 anos, o Samuel tinha medo de dirigir em rodovias e só conseguia dirigir por 5 km, na faixa da direita.

Acontece que o que Samuel realmente tinha medo era de que ele pudesse ter um ataque de pânico e perder o controle do seu carro.

Mesmo já tendo experimentado ataques de pânico na rodovia sem perder o controle do seu carro, ele ainda acreditava que isso poderia acontecer.

Samuel mais tarde entendeu que ataques de pânico nunca levam a uma perda de controle. Ele não sabia disso.

A próxima vez que ele dirigiu na rodovia, ele ficou altamente ansioso e novamente achou que pudesse perder o controle do carro.

Porém, apesar de ainda acreditar nessa possibilidade, seu grau de crença na chance disso acontecer caiu para 70%, o que resultou em uma diminuição notável na sua ansiedade.

Na semana seguinte, quando ele foi para rodovia dirigir, seu grau de crença caiu para 50%, com a intensidade da ansiedade caindo mais. Na outra semana, seu grau de crença estava em 25%, com apenas uma ansiedade leve.

Depois de seis semanas de terapia, Samuel já não acreditava mais que a ansiedade poderia fazer ele perder o controle do carro, e ele já não tinha mais medo da sua síndrome do pânico, que agora ele sabe que é inofensiva.

Nesse ponto, ele já conseguia dirigir sozinho na rodovia em uma viagem de 200 km sem ansiedade. Ele até dirigiu uma boa parte do caminho na faixa da esquerda, algo que ele evitou completamente nos últimos 15 anos.

Alguns Pontos Importantes

Um pensamento em si não pode deixar você ansioso. Você tem que acreditar no pensamento, e você tem o poder de acreditar ou não nele.

Para ter um ataque de pânico você tem que dizer a si mesmo algo que não é verdade. A verdade é que a síndrome do pânico não é algo perigoso.

Quando você tem um ataque de pânico, você perde temporariamente sua perspectiva e não enxerga a verdade. Quando você reconquistar sua perspectiva, sua síndrome do pânico vai sumir completamente.

O que as pessoas realmente temem é o que elas imaginam que a síndrome do pânico pode causar. Porém, a única coisa que é síndrome do pânico causa é o fim dela mesma.

Veja a síndrome do pânico como uma oportunidade de dominar seus pensamentos.

Tenha uma perspectiva objetiva e lembre-se da verdade em momentos de alta ansiedade. Esse é o segredo para tratar sua síndrome do pânico completamente.

Você faz terapia cognitiva comportamental para tratar a síndrome do pânico? Conte-nos seus resultados.

  • Juliana

    Tenho SP, gosto muito de ler sobre o assunto.

  • Preta

    A cada dia que eu leio sobre a síndrome do pânico, eu aprendo lidar com esse problema.
    E tento colocar sempre em prática todas as dicas.

  • Marilia

    Em breve irei relatar como minha SP não faz parte da minha vida. Que levarei uma vida normal, sem medo de dirigir, descer e subir morros, passar por túnel, rodovias e com uma boa noite de sono sem acordar assustadoramente que vou morrer de taquicardia e susto. Serei totalmente feliz!!

  • Queria saber como me curar da minha ansiedade. Muito obrigado.

  • Stenia

    Me chamo Stenia tenho 35 anos, há um mês atrás tive uma crise de ansiedade minha pressão subiu fiquei completamente descontrolada com a boca seca mãos tremendo, passado um mês do ocorrido ando tendo picos de ansiedade como medo de passar mal, imaginações q minha boca esta seca q vou passar mal.. Vou começar a terapia na quarta feira e acredito que se Deus quiser logo todo este pesadelo irá passar é uma secação horrível, quando acontece vou embora do trabalho mais logo passa.. Temos q aprender a controlar os pensamentos ter fé em Deus para q estes males não tomem conta de nós..

  • Consola

    Gostei muito no texto, ajudou muito

  • Rhayanne Diogo Batista

    Ola,boa tarde!!!
    Gostaria de uma ajuda!
    Sou muito ansiosa,tenho medo de sair na rua,etc

  • Maria

    Sinto que vou enlouquecer…

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